terça-feira, 28 de julho de 2009

Guess who's gonna come back


E, para a surpresa de todos (ooh), Steve Rogers vai voltar. Agora a questão não é a volta dos mortos de mais um herói, como já virou praxe nos últimos 20 anos do mainstream das HQs (Marvel e DC, no caso), mas sim: é válida esta banalização da morte de personagens importantes?


ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS

To voltando, galere!


O conceito de morte nos universos DC e Marvel, desde o fim dos anos 80/começo dos 90 têm sido bastante maleável, pois a morte, em sua esmagadora maioria, não é uma coisa definitiva. E atualmente os leitores de HQs chegaram ao ápice da descrença na morte, quando, ironicamente, chegamos num ponto onde alguns dos heróis mais importantes de ambas editoras morreram recentemente (Steve Rogers e Bruce Wayne).

A morte e a volta dos mortos são artifícios bastante eficazes para atrair mais leitores - a tragédia, principalmente, atrai o público que não acompanha regularmente a série, porque normalmente redefine os rumos de determinado personagem ou universo, tornando mais fácil a compreensão dos futuros acontecimentos para estes novos leitores - desde os anos 80, quando a DC descobriu que não existia nada melhor do que uma "grande-saga-que-vai-mudar-para-sempre-os-rumos-de-todos-envolvidos-mas-calma-lá-que-não-é-bem-assim-comprem-as-revistas-e-vejam-que-nem-tudo-é-tão-preto-no-branco", com "Crise nas Infinitas Terras", de Marv Wolfman e George Pérez. Vale como curiosidade que a DC Comics andava mal das pernas na época da "Crise", e esta macro-saga resolveu muitos problemas da editora: unificou o universo dos heróis da DC (a Família Marvel era de uma Terra diferente da Sociedade da Justiça América, que por sua vez também não estava na Terra da Liga da Justiça, e aí vai), criou a oportunidade para que origens de heróis fossem redefinidas (Superman, Batman, etc.) e deu sobrevida à casa de Superman e cia. Tudo isso ao preço de duas mortes significativas: Supergirl e Flash (Barry Allen, o
original).

O Flash original (Barry Allen) é importantíssimo ao discutirmos a fugacidade da morte nas HQs hoje em dia: até pouco tempo, Allen era o maior ícone para aqueles que acreditavam que a morte podia sim ser definitiva para os super-heróis; entretanto, Allen foi revivido neste ano de 2009 pelo mesmo roteirista responsável por trazer outro grande herói (Hal Jordan) de volta à vida: Geoff Johns. Ao mesmo tempo em que Barry volta, um dos personagens "intocáveis" - Bruce Wayne, a.k.a. Batman - acaba de morrer (não houve promessas de que seria um adeus definitivo, deixemos bem claro). É até irônico falar sobre isso, porque a atual saga-que-envolve-tudo-e-todos da DC trata exatamente sobre isso: a volta dos mortos. Como eu já escrevi anteriormente, Blackest Night traz personagens mortos de volta às luzes, portando seus anéis negros, sedentos por mais e mais mortos (que voltarão à vida, algum dia, claro).

Já na editora rival, a Marvel, quem morreu e vai voltar em breve é ninguém menos que Steve Rogers, o Capitão América original. Também em uma grande saga (Guerra Civil), a morte de Rogers foi o gran finale que os comandados de Joe Quesada armaram para os leitores. Assim, OUTRO personagem que voltou a vida (seu antigo parceiro, Bucky Barnes, que havia se tornado o Soldado Invernal) assume seu manto, e atualmente faz as vezes de Capitão América. Se formos lembrar de personagens que já morreram e voltaram, a lista é gigante: Hal Jordan, Arqueiro Verde, Capitão Átomo, Justiceiro, Magneto... e por aí vai.

"Sinestro, aquele não é o finado Hal Jordan voando?"



A indagação que fazemos ao perceber isso é: como um conceito tão definitivo se torna tão maleável, a ponto de ser banalizado? Não defendo que grandes heróis não devem morrer, muito pelo contrário. Acredito sim que a morte e a ressurreição são artifícios muito válidos para prender a atenção de seu leitor em uma trama, mas quando usados com sabedoria, e sem exageros. Graças a esta banalização da morte, é difícil acreditar que este ou aquele personagem morreu MESMO; quando isso acontece, a atenção dada para esta ou aquela morte diminui, e por consequência o número de leitores, e por aí vai. Do mesmo modo que hoje a necessidade pela morte/ressurreição "surpreendente" deste ou daquele personagem acaba se tornando necessária para qualquer saga importante, e ao se tornar "obrigatória", pode virar um fator complicador na hora do desenvolvimento dos acontecimentos.

Quando será que as grandes editoras vão perceber isso, e parar com essa farra do boi? Difícil saber, mas levando-se em conta que hoje elas são tão dependentes desse artifício, é respirar fundo e... não se surpreender com idas e vindas, claro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Numa banca perto de você...

A Panini Comics lança neste mês de julho uma edição de luxo de um dos melhores trabalhos de Frank Miller: nada menos que "Demolidor: o Homem Sem Medo". Ao lado do também genial John Romita Jr. (filho de peixe, peixinho é...), Miller reconta a origem do personagem, revisitando a infância difícil, e todas as tragédias que marcaram a vida de Matt Murdock.




É de conhecimento de todos que a passagem de Miller pelo título do herói da Cozinha do Inferno nos anos 80 é uma das mais marcantes da sua carreira, e, de longe, a sua mais importante obra na Marvel. Um dos porquês deste sucesso é como Frank conduz a narrativa pelas tragédias que acometem Matt Murdock: desde o acidente que aguça seus sentidos, passando pela morte de seu pai até a XXXXXXXX de XXXXXXX (sem spoilers, vocês vão ter que ler pra saber o que mais acontece ao pobre Murdock).
Seria injustiça enaltecer apenas o trabalho de Miller, e esquecer o marcante traço de John Romita Jr. Romita, que possui um traço bem diferente do estilo clássico de seu pai, consegue criar quadros inesquecíveis, e dar um dinamismo impressionante nas cenas de luta do herói, mostrando como seus super-sentidos lhe são tão úteis.
O preço do encadernado, que traz toda a minissérie (228 páginas, em formato americano e papel couchê), é meio salgado: R$ 54,00. Mas como a Panini normalmente capricha (com raras exceções de bolas fora) nestas edições especiais, fica ao seu gosto, porque o conteúdo já é mais do que garantia de boa leitura.

É Meu!

Foi anunciado pelo editor-chefe da Marvel na Comic-Con: Miracleman é nosso! Com o anúncio, o personagem inclusive voltará a se chamar Marvelman, tal qual na sua concpeção original nos idos anos 50.


Adivinha quem voltooou!



Nos últimos tempos, o personagem esteve envolvido numa complicada pendenga judicial pelos seus direitos de publicação, que envolvia pessoas do mercado inglês de quadrinhos, Neil Gaiman e Todd McFarlane. Toda a peleja chegou ao fim com os direitos do personagem sendo revertidos novamente ao seu criador, Mick Anglo. E fica bem claro que, depois de resolvida a briga na Justiça, a Marvel se adiantou a outras grandes editoras e pôde negociar a aquisição do personagem (até porque Mick Anglo se encontrava em dificuldades financeiras, fato que deve ter facilitado as negociações).

Quesada, com a inteligente compra, inclusive anunciou o "novo" nome do personagem, como já dito acima: Marvelman. Joe Quesada também disse que está em contato com as três principais mentes criativas do personagem nos anos 80 - Alan Moore, Neil Gaiman e Mark Buckingham - e novidades sobre o "sósia" do Capitão Marvel aparecerão em breve.

Agora você se pergunta: quem raios é Miracleman? Bem, Miracleman (ou Marvelman) é uma das melhores e mais desconhecidas obras de Alan Moore nos quadrinhos (e de Neil Gaiman também). O personagem foi criado como um "copycat" de Shazam/Capitão Marvel, nos anos 50, e foi completamente reformulado por Moore nos anos 80. A passagem de Alan Moore por Miracleman é posterior a passagens em Watchmen e Monstro do Pântano, e o barbudão pegou o conceito original do personagem (super-força, super-inteligência, etc.) e o utilizou numa ótica nunca dantes imaginada: e se o super-herói mais poderoso do mundo se tornasse um ditador/deus? Esse é o mote inicial para outros inúmeros acontecimentos na série, que revisam e desconstroem o mito do super-herói (tal qual o britânico fez com maestria ímpar em Watchmen). Ao sair da série, Moore passou o bastão para um jovem e ainda desconhecido autor inglês chamado Neil Gaiman, que também cravou seu nome na história das HQs.

A esperança dos fãs agora, claro, é que a obra dos anos 80 seja republicada com o devido carinho e atenção que o personagem merece; com essa bela aquisição, a Marvel faz um movimento importantíssimo para diminuir a diferença de vendagem que existe para a DC Comics, quando falamos sobre republicações e grandes encadernados. De quebra, muita gente ainda poderá conhecer este trabalho marcante de dois dos maiores autores de HQs da história. É esperar e economizar uma grana, galere!

sábado, 25 de julho de 2009

And the winner is...

Foram anunciados na noite desta sexta-feira na Comic-Con os vencedores do Eisner Awards de 2009 (usando uma expressão nunca dantes utilizada: "o Oscar dos quadrinhos"). Não vou transcrever todos os vencedores aqui, mas vou citar os resultados mais significativos, claro.


"É Tri, é Tri!", comemora Kal-El num rolê perto Sol

No seu terceiro ano como concorrente, All-Star Superman levou o prêmio pra casa pela terceira vez. A premiada e elogiadíssima obra de Grant Morrison e Frank Quitely foi coroada mais uma vez, na categoria de "Melhor Série Continuada" (numa tradução literal de Best Continuing Series). Pra quem ainda não conhece (se for seu caso, caro leitor, abandone este post e vá começar AGORA), All-Star Superman é uma minissérie que realiza a maior homenagem à toda a trajetória do Superman nos quadrinhos, repleta de citações a antigos personagens, pré-reformulações cronológicas e por aí vai... altamente recomendada, claro.



Bill Willingham ganhou o prêmio como melhor escritor; Willingham é o roteirista de Fables (Vertigo) e House of Mistery (DC Comics), duas das mais elogiadas séries da atualidade - com ênfase em Fables, série que pega o conceito dos personagens conhecidos dos contos-de-fada (como a Branca de Neve, o Lobo Mau, etc.), e o desmistifica, criando uma série onde estes personagens se tornam completamente humanizados, com todos os defeitos devidamente humanos: ganância, inveja, ódio, e por aí vai... numa trama recheada com bastante sangue e sexo.



E a editora que roubou a cena nos prêmios foi a Dark Horse, que indiretamente acabou ficando com oito estatuetas (três delas graças a Hellboy). Além da Dark Horse, apenas a DC levou mais do que uma estatueta (duas, pra ser mais exato); esta é mesmo a dinâmica dos Eisner Awards, numa não-polarização entre as gigantes Marvel e DC, dando chance a novos quadrinistas de surgirem na cena internacional (como foi o caso de Grampá no ano passado, vencendo na categoria de Melhor Antologia, ao lado de Fábio Bá e Gabriel Moon).

Meu Brasil brasileiro...

Como eu já tinha adiantado anteriormente, os gêmeos Bá e Moon, e o gaúcho Grampá dariam as caras na SDCC, certo? Pois bem, as margaridas já apareceram e anunciaram seus novos projetos, e todos são em conjunto com a Dark Horse.





Não preciso dizer que veremos mais sangue à la Grampá, né?





Rafael Grampá mostrou o maravilhoso (não existe outra definição para isso) pôster de FurryWater and The Sons of The Insurrection, seu trabalho ao lado do escritor amazonense Daniel Pellizzari. Ainda não existem muitos detalhes da trama, mas esse pôster já fala por si só que vem coisa boa por aí.



Enquanto isso, Bá e Moon anunciaram, ao lado do vocalista do My Chemichal Romance, Gerard Way, mais uma edição da muito bem-sucedida Umbrella Academy. Umbrela Academy: Hotel Oblivion vai mostrar um pouquinho mais sobre o fim que os vilões do universo criado pelos gêmeos Bá/Moon e Way levam, pelas mãos do Sr. Hargreeves (fundador da Academia Umbrella). Pra quem não conhece, Umbrella Academy conta a história de sete crianças especiais criadas para serem heróis quando crescerem; entretanto, cada uma segue seu próprio rumo ao ficarem adultas, e se reúnem apenas com a morte de seu pai, o Sr. Hargreeves. Após esta morte, começa uma série de ataques à Terra e aos jovens, que começam a entender a criação rígida que tiveram na infância.

For the record, a Dark Horse também anunciou uma série de republicações, e uma nova linha bastante interessante: One-Shot Wonders. Nesta linha, grandes personagens da editora (Goon, Hellboy, dentre outros) aparecerão em uma coleção de especiais que servirão de "trampolim" para atrair leitores para suas séries mensais.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Só relembrando os destaques da Comic-Con...

Não viu nem o primeiro Iron Man?



Você não tem a mínima idéia de quem sejam os Lanternas Negros?



Dark Reign não significa nada pra você?


O único Avatar que você conhece é um desenho japonês?




Então você realmente está por fora dos grandes destaques da San Diego Comic-Con (SDCC) de 2009. Pra colocar você rapidamente a par destes destaques, vamos começar do mais importante: a eterna briga Marvel x DC.

CUIDADO: SPOILERS MARVEL/DC ABAIXO

O destaque de cada uma das editoras chega bastante forte para esta SDCC: Dark Reign pela Marvel, Blackest Night para a DC. Resumindo, em Dark Reign, depois da Invasão Skrull e de de algumas mortes, Norman Osborn conseguiu virar a mesa e se tornar o grande símbolo da vitória terráquea contra os alienígenas; após tomar o controle e desativar a S.H.I.E.L.D., Osborn forma seus Dark Avengers, formados basicamente por impostores se passando por grandes heróis da editora, como Wolverine, Homem-Aranha e outros... é claro que os heróis não vão deixar isso de graça, não?

Já a DC volta forte depois de algumas "surras" levadas da Marvel, com a bastante aguardada Blackest Night, que mostra a ascensão dos Lanternas Negros - vilões e heróis mortos nos últimos tempos, que voltam como zumbis - e como o resto do Universo DC vai lidar com essa horda de mortos-vivos, que só promete crescer cada vez mais.

Passando para o cinema, Iron Man 2 vem com força total, e todos estão bastante ansiosos para ver o primeiro teaser do filme; a primeira parte de Iron Man teve bastante sucesso de público e crítica, e agora a expectativa é enorme pela presença da Viúva Negra (Black Widow, interpretada por Scarlett Johansson) e do vilão Chicote Negro (Whiplash, interpretado por Mickey Rourke), além da esperança que vejamos Jim Rhodes vestindo sua armadura de War Machine.

Por fim, mas não menos importante, temos o projeto que têm consumido mais de dez anos da vida de James Cameron: Avatar. Cameron promete mostrar a experiência mais imersiva em 3D já vista no cinema, com pouquíssimos detalhes e imagens divulgadas até agora; quem pôde ver alguma coisa de Avatar, diz que é que o visual é como "sonhar de olhos abertos"... é esperar pra ver.

Ainda existem outros grandes destaques, como os Eisner Awards 2009, e os stands de Star Wars, Heroes, Smallville e as surpresas que sempre dão as caras na SDCC. Fiquem ligados, e esperem o inesperado!


San Diego Comic-Con vem aí

Este primeiro post de hoje é bem rapidinho: como todo blog de quadrinhos que se preze, nos próximos dias, faremos uma cobertura completa de tudo o que vai acontecer na San Diego Comic-Con: desde as novidades das enormes Marvel e DC Comics, passando pelas menores (mas não menos importantes) Top Cow, Dark Horse e Dynamite Comics, até as novidades no cinema. Esperem muitas novidades devidamente comentadas (e fotos com legendas pseudo-engraçadinhas, como sempre)!

Só não prometemos fotos de cosplayers, né

terça-feira, 21 de julho de 2009

Justiceiro MAX e suas novidades

A Marvel anunciou uma mudança de equipe em um de seus principais personagens da linha MAX: Frank Castle, o famoso Justiceiro. O desenhista Steve Dillon, conhecedor antigo do personagem, junta-se ao roteirista-revelação Jason Aaron para relançar a série no selo MAX, zerando a atual numeração. Mesmo fazendo um reboot na numeração, os feitos do Justiceiro não foram apagados, e os leitores não verão uma nova origem do personagem; muito pelo contrário, Aaron e Dillon vão mostrar como o mundo do crime em NY sobrevive, depois de mais de 30 anos de vigilantismo de Frank Castle na cidade, exterminando chefões da máfia e outros marginais sem descanso.

30 anos matando chefões: a bandidagem não aprende?
Neste primeiro arco, a promessa é que dois grandes vilões da editora apareçam no caminho de Frank: o Mercenário e o Rei do Crime. Só que se engana quem acha que os dois personagens são os mesmos do Universo Marvel; no selo MAX, o Mercenário será retratado como um exímio assassino, tal qual o personagem original, só que sem toda aquela habilidade com qualquer objeto pontiagudo (esqueçam os palitos de dente, meus caros). Já Wilson Fisk, o Rei do Crime, não surgirá como o estabelecido chefão do submundo, e sim como um guarda-costas de Don Rigoletto (um chefão da máfia). Fisk é um personagem extremamente ambicioso, e nós já podemos imaginar no que ele vai se tornar, não?
Pra quem não conhece Aaron, o roteirista surgiu no selo Vertigo, da DC Comics, e rapidamente se destacou com a série Scalped; depois desse começo promissor, Jason pulou o muro e foi trabalhar na Marvel, onde se estabeleceu como um dos ótimos nomes para o futuro da editora com uma história de Wolverine, e, desde então, trabalhou com o mutante mais amado pelos leitores, e teve uma boa passagem pelo Motoqueiro Fantasma. Já Steve Dillon é mais conhecido pelas suas parcerias com Garth Ennis; Dillon já trabalhou, com Ennis, no próprio Justiceiro numa longa e elogiadissima passagem, e fez toda a mais-do-que-simplesmente-elogiada-e-sim-vangloriada-inclusive-por-este-que-vos-escreve série Preacher.
A ideia de reformular dois grandes vilões, e mostrar como o submundo do crime ainda não se acostumou com a sombra do Justiceiro em Nova York é muito boa - inclusive mostrando que, com a frequente substituição de chefes da máfia, as coisas ficam bem desorganizadas pela falta de preparação de alguns dos que assumem estes cargos. E, aliados à uma boa ideia, nada melhor que dois artistas bastante capacitados, como Aaron e Dillon (que com aquele estilo meio cartunesco deixa as histórias do Justiceiro bastante interessantes). Como na maioria das vezes, a linha MAX da Marvel vai proporcionar mais um bom arco de histórias do singelo matador de bandidos, Frank Castle.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Falando em Geoff Johns...


Falávamos sobre a atual importância de Geoff Johns para a DC Comics. Pra corroborar esse fato, saiu na imprensa norte-americana (mais exatamente no Hollywood Reporter) um update sobre as produções da editora pra grande telona. E, sem nenhuma grande surpresa, Johns está diretamente envolvido em uma destas possíveis adaptações: a do nosso querido Flash.

Querida, voltei!


O atual escritor de Flash: Rebirth (que trata sobre a volta de um dos nomes até então sagrados, quando falamos de ressurreições: Barry Allen, o Flash morto durante a "Crise nas Infinitas Terras") estaria envolvido na produção de um possível filme do velocista mais rápido dos quadrinhos, além de ter um roteiro de sua autoria a ser adaptado para esse filme.


Johns se destacou nesses últimos anos pelo seu trabalho com o Lanterna Verde Hal Jordan, e seu universo particular de Lanternas Verdes - ao lado do desenhista Ethan Van Sciver (ao ressuscitar Hal), e com o brasileiro Ivan Reis (na série mensal do Lanterna). É interessante citar que Johns não é o único escritor renomado das HQs incluso nestes novos filmes de heróis da DC: Marv Wolfman (Crise nas Infinitas Terras) e o escocês Grant Morrison (Final Crisis, Sete Soldados da Vitória) também têm seus nomes vinculados a produções, mesmo sem maiores detalhes.


Claramente, a DC está fazendo o que pode para que não perca para a Marvel na grande telona também (vide o enorme sucesso que as adaptações da Marvel têm feito no cinema, enquanto a DC emplacou nos últimos anos apenas os filmes do Batman) - não é a toa que a "Casa das Idéias" se antecipou à DC, e vai fazer o primeiro crossover de heróis (Os Vingadores, programado para 2011) pras telonas. Agora é esperar pra ver se vai dar algum resultado esse maior envolvimento dos roteiristas das HQs nas adaptações; esperamos que quem ganhe com isso sejamos nós, os espectadores.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Blackest Night seria outra roubada da DC?


Nesta quarta-feira, lá fora, começou a tão esperada Blackest Night, outra das grades-sagas-que-vão-mudar-tudo-de-novo na DC Comics. Entretanto, Blackest Night promete bons frutos, diferente dos últimos delírios megalomaníacos de Dan Didio e sua trupe. Por quê? Bem, eu tenho alguns argumentos que me fazem crer que Blackest Night pode ser o fôlego extra que Didio anda precisando nas vendas.


Com vocês, a volta dos que não foram


Em primeiro lugar, já falei bastante sobre o que eu acho desse atual comando de Dan Didio na DC, e, se você leu, sabe que eu faço parte daqueles que gostaram bastante da volta de Hal Jordan ao Universo DC. E uma enorme parcela desse retorno triunfal reside nas mãos (ou nas excelentes idéias) do roteirista Geoff Johns.


Em Blackest Night, Johns é o "meia habilidoso" que comanda a saga, contando novamente com seu parceiro da série mensal do Lanterna Verde, o desenhista brazuca Ivan Reis (muito elogiado por este e outros trabalhos nos últimos anos na DC, como sua passagem pela Justice League).


Johns, aliás, é um dos maiores nomes criativos da editora atualmente, desde seu grande sucesso no renascimento de Hal Jordan (pra quem ainda não leu, a Panini lançou uma edição encadernada da minissérie ano passado, recomendadíssima pelo blogueiro que vos escreve). Desde então, Johns tem realizado um trabalho maravilhoso com o Lanter verde Hal Jordan, e o universo particular que o engloba - a Tropa dos Lanternas Verdes. Graças a Johns que surgiu a também muito boa Guerra da Tropa Sinestro. Não é a toa que a Tropa dos Lanternas voltou a ter uma importância dentro do UDC que há anos não se via, chegando ao ponto de protagonizar a nova saga que vai influenciar todos os personagens mais importantes da editora.


Pra quem não sabe, Blackest Night conta o surgimento da tropa dos Lanternas Negros, que, basicamente, são personagens mortos que voltarão à vida graças aos anéis negros que estão soltos no UDC; e nessa onda de reviver mortos, muitos personagens já foram alvo de especulação: Ajax, o Caçador Marciano; Superman da Terra-2; o ex-Besouro Azul Ted Kord; e o nome que mais deixa os fãs intrigados, Bruce Wayne.


Pra quem não tem paciência, as scans de Blackest Night já estão rolando soltas na internet... pra quem quiser esperar, a saga só dá as caras aqui no Brasil entre o fim deste ano e o ano que vem. Minha aposta? Acho que vai sair coisa boa daí, porque Johns conhece muito bem o personagem e todo o seu universo particular, e ao lado do brasileiro Ivan Reis, a promessa é boa.


ATUALIZADO (19/07)- acabei de ler a primeira edição e... bem, a coisa realmente vai esquentar.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dan Didio: mais odiado que Luthor?

Bem, nesse post, nenhuma notícia fresquinha ou algo do gênero, apenas uma indagação: o que acontece com Dan Didio? Atual camisa 10 da DC Comics, o Editor Executivo é hoje, com toda certeza, uma das figuras mais odiadas do mundo das HQs.


É mais do que conhecido que, em vendas mensais, há algum tempo a DC tem levado uma bela surra da editora-casa do nosso querido Stan Lee; entretanto, o que coloco em xeque são as escolhas editoriais de Didio de quatro anos pra cá, mais ou menos.
Claro que seria condenável eu afirmar que Didio não teve nenhum acerto nesse tempo, muito pelo contrário: tivemos bons trabalhos como os Sete Soldados da Vitória (do Grant Morrison), a megassérie 52 ( co-autoria de Morrison, Greg Rucka, Geoff Johns e Mark Waid), além do ressurgimento de Hal Jordan no Universo DC (também de Johns). Só que seus erros ultrapassam, em magnitude, os acertos.


Um de seus maiores equívocos foi a criação de Crise Infinita, e, sem deixar os leitores respirarem, a publicação de 52, o anúncio de Countdown to Final Crisis (sim, outra crise quase que em seguida), e a tal Final Crisis (que acabou há poucos meses nos EUA, enquanto ainda não chegou aqui no país). Final Crisis, aliás, que sofreu com alguns erros de continuidade, causados, é claro, pela afobação de Didio pelo aumento de vendas... quem pagou/continua pagando o pato foram/são os leitores, claro.


Agora, o que é mais condenável, e, no entanto, não é tão confirmado como fato, é sua relação com o núcleo criativo da editora; ou seja, roteiristas, desenhistas e arte-finalistas. Alguns profissionais já deixaram a editora acusando Didio de ser um "tirano míope e improdutivo" (palavras do roteirista Chuck Dixon, ao deixar a DC). Dixon, inclusive, falou na época que, perto da atual DC, a Marvel dos anos 80, comandada por Jim Shooter, era uma "comuna hippie" - pra quem não sabe, Shooter ocupava esse mesmo cargo na Marvel durante a década de 80 (alavancou as vendas, só que foi tão criticado quanto Didio por sua linha-dura e poder de censor). Não só essa linha-dura é questionável, como decisões bastante ousadas são criticadas pelos fãs, como reviver e matar personagens antes "sagrados" na editora - vocês sabem de quem eu estou falando.


É rir pra não chorar...


E o irônico ao levarmos em conta o atual ódio que os fãs nutrem pelo executivo, é o fato que em 2003 Dan foi eleito pela respeitada revista Wizard como o Homem do Ano, pelos serviços prestados à editora naquele ano... os tempos mudam.

Madman by Rafael Grampá

O nosso brazuca Rafael Grampá divulgou no seu Flickr uma pin-up de Madman, personagem criado pelo quadrinista "indie" Mike Allred. (confira abaixo a arte do brasileiro)


Madman à la James Dean


Madman, criado em 1992, é um herói com reflexos supernaturais, além de poderes cognitivos, criado por um bando de cientistas malucos. Antes desta transformação, Madman era um assassino chamado Frank (de Frank Sinatra) Einstein (de Albert Einstein).

O criador de Madman, Mike Allred, é um elogiado quadrinista norte-americano, que tem, dentre outras criações, a excelente Red Rocket 7 - HQ que conta a trajetória de um um clone alienígena que participa de todos os grandes momentos da história do rock, do meio da década de 1950 até o final da década de 1990. [só pra lembrar, Red Rocket 7 foi lançada aqui no Brasil pela Devir]


Já Rafael Grampá, pra quem não conhece, é um dos grandes novos nomes da HQ nacional, vencedor do Eisner Awards na Comic Con de 2008 (ao lado de Gabriel Bá, Fábio Moon, Becky Cloonan e Vasilis Lolos, pela obra "5"), e criador da elogiada Mesmo Delivery. O gaúcho tem um estilo bastante cinematográfico, e sua obra é altamente recomendada pelo blog!




Quem será o último cadáver de Ultimatum?


A Marvel prometeu há alguns meses e vem cumprindo: a saga Ultimatum iria revolucionar o Universo Ultimate.

A saga começou em novembro do ano passado (bem atrasada, pois tinha sido prometida para 2007), sob rumores que toda a linha de revistas Ultimate iria se reduzir a uma ou duas edições mensais (Spider-Man e Ultimate Avenger, provavelmente). Depois de muitos acontecimentos, Ultimatum está prevista para acabar lá fora no fim deste mês de julho... e com mais uma morte importante nos planos (confira a imagem abaixo).


Quem é o morto da vez?


SPOILERS À FRENTE: pra quem não sabe, Ultimatum começa quando Manhattan é atingida por uma inundação (causada por Magneto), e a partir daí, as lutas entre heróis e vilões se tornam cada vez mais violentas, com muitas mortes: Demolidor, Noturno, Emma Frost, Hank Pym e por aí vai.


A espera pela conclusão continua bem alta, e Jeph Loeb e David Finch prometem bastante surpresas para essa edição final de Ultimatum... é claro que a idéia de uma “grande-saga-que-vai-mudar-tudo-que-conhece-pela-enésima-vez” vem sendo bastante explorada nos últimos anos, tanto pela Marvel quanto pela DC Comics, só que no que tange Ultimatum, os fatores da equação são um pouquinho diferentes: nos últimos tempos, a linha Ultimate teve uma queda nas vendas, e a Marvel decidiu reduzir o inchado número de revistas a apenas uma ou duas, dando carta branca a Loeb e sua equipe para matar quem fosse necessário, para atrair novamente os leitores. Agora é esperar, e começar o bolão para saber quem será o morto mais importante em Ultimatum.


O Universo Ultimate começou com a idéia de uma linha de histórias com os mesmos grandes nomes da editora – Homem-Aranha, Vingadores, X-Men, etc. – num universo alternativo, com origens diferentes do Universo Marvel, possibilitando uma liberdade maior para os roteiristas mostrarem suas versões desses expoentes da editora.


Quem tem medo do Magneto, Magneto, Magneto...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Novo projeto da premiada dupla Epting/Brubaker


Pra quem acha que ler apenas o Capitão América de Steve Epting e Ed Brubaker, pode ficar contente: os dois estão juntos em uma nova empreitada ambiciosa da Marvel.

Com o aniversário de 70 anos da editora (contabilizando os anos de Timely Comics, claro), a Marvel está lançando vários projetos comemorativos para impulsionar ainda mais as vendas, e recentemente (junho nos EUA, ainda sem previsão no Brasil) começou a ser publicada a série The Marvels Project, sob a tutela do roteirista Ed Brubaker e do desenhista Steve Epting – dupla que tem feito muito sucesso com a série Captain America, e já trabalhou junta em outros projetos, como o Demolidor.


Epting diz que seu Tocha Humana se baseia no de Alex Ross


Antes de tudo, é bom falar do que se trata The Marvels Project: a série contaum pouco mais do começo desta era de super-heróis, com a ascensão de Namor, Tocha Humana original, Angel, Os Invasores e outros super-humanos dos anos 40; podemos esperar bastante personagens conhecidos hoje, mas em começo de carreira, como o Capitão América e seu parceiro Bucky Barnes (antes de toda a saga do Soldado Invernal - também da dupla Brubaker/Epting), além de Nick Fury, antes de perder o olho, e transformar-se no líder da S.H.I.E.L.D.


Brubaker define o projeto da seguinte maneira: “Nós conhecemos os primeiros dias desse mundo, mas nunca os vimos recontados na linguagem moderna dos quadrinhos. Nós nunca voltamos atrás e contamos toda essa história”. Steve Epting foi convidado por Ed Brubaker e Tom Breevort, e não demorou pra se empolgar bastante em fazer parte dessa nova série da Marvel.


Em entrevista ao Newsarama, Epting detalhou um pouco mais dessa nova empreitada (quem quiser conferir, tem o link do Newsarama aqui no menu ao lado). Com promessas de uma repaginação desses primeiros dias das “Maravilhas” (ou Marvels, no inglês), com caracterizações diferentes para Os Invasores e cia., The Marvels Project promete bastante (até pelo entrosamento Brubaker-Epting). A saga se conclui ano que vem; é esperar pra ver no que isso vai dar.

Viva La Revolución!

Pois é galera, finalmente a Arte Subversiva volta à vida! Porém, já deixo claro que voltamos BEM diferentes: sem essa de só ficar mostrando spoilers sobre boas HQs (antigas ou não); agora vamos trazer muito mais conteúdo atual sobre o mundo dos quadrinhos e da cultura pop como um todo - HQs, games, cinema e o-que-der-pra-mostrar-que-seja-legal-e-relevante.

Mostraremos o máximo de entrevistas e links legais aqui, devidamente comentados (não aquele famoso e tão utilizado Ctrl C + Ctrl V), sempre com muito bom humor e sem rodeios. Bem, chega de papo furado e fiquem ligados para as nossas (de agora em diante) constantes atualizações!

Tal qual Ikki, voltamos das cinzas!