terça-feira, 21 de julho de 2009

Justiceiro MAX e suas novidades

A Marvel anunciou uma mudança de equipe em um de seus principais personagens da linha MAX: Frank Castle, o famoso Justiceiro. O desenhista Steve Dillon, conhecedor antigo do personagem, junta-se ao roteirista-revelação Jason Aaron para relançar a série no selo MAX, zerando a atual numeração. Mesmo fazendo um reboot na numeração, os feitos do Justiceiro não foram apagados, e os leitores não verão uma nova origem do personagem; muito pelo contrário, Aaron e Dillon vão mostrar como o mundo do crime em NY sobrevive, depois de mais de 30 anos de vigilantismo de Frank Castle na cidade, exterminando chefões da máfia e outros marginais sem descanso.

30 anos matando chefões: a bandidagem não aprende?
Neste primeiro arco, a promessa é que dois grandes vilões da editora apareçam no caminho de Frank: o Mercenário e o Rei do Crime. Só que se engana quem acha que os dois personagens são os mesmos do Universo Marvel; no selo MAX, o Mercenário será retratado como um exímio assassino, tal qual o personagem original, só que sem toda aquela habilidade com qualquer objeto pontiagudo (esqueçam os palitos de dente, meus caros). Já Wilson Fisk, o Rei do Crime, não surgirá como o estabelecido chefão do submundo, e sim como um guarda-costas de Don Rigoletto (um chefão da máfia). Fisk é um personagem extremamente ambicioso, e nós já podemos imaginar no que ele vai se tornar, não?
Pra quem não conhece Aaron, o roteirista surgiu no selo Vertigo, da DC Comics, e rapidamente se destacou com a série Scalped; depois desse começo promissor, Jason pulou o muro e foi trabalhar na Marvel, onde se estabeleceu como um dos ótimos nomes para o futuro da editora com uma história de Wolverine, e, desde então, trabalhou com o mutante mais amado pelos leitores, e teve uma boa passagem pelo Motoqueiro Fantasma. Já Steve Dillon é mais conhecido pelas suas parcerias com Garth Ennis; Dillon já trabalhou, com Ennis, no próprio Justiceiro numa longa e elogiadissima passagem, e fez toda a mais-do-que-simplesmente-elogiada-e-sim-vangloriada-inclusive-por-este-que-vos-escreve série Preacher.
A ideia de reformular dois grandes vilões, e mostrar como o submundo do crime ainda não se acostumou com a sombra do Justiceiro em Nova York é muito boa - inclusive mostrando que, com a frequente substituição de chefes da máfia, as coisas ficam bem desorganizadas pela falta de preparação de alguns dos que assumem estes cargos. E, aliados à uma boa ideia, nada melhor que dois artistas bastante capacitados, como Aaron e Dillon (que com aquele estilo meio cartunesco deixa as histórias do Justiceiro bastante interessantes). Como na maioria das vezes, a linha MAX da Marvel vai proporcionar mais um bom arco de histórias do singelo matador de bandidos, Frank Castle.

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