segunda-feira, 27 de julho de 2009

É Meu!

Foi anunciado pelo editor-chefe da Marvel na Comic-Con: Miracleman é nosso! Com o anúncio, o personagem inclusive voltará a se chamar Marvelman, tal qual na sua concpeção original nos idos anos 50.


Adivinha quem voltooou!



Nos últimos tempos, o personagem esteve envolvido numa complicada pendenga judicial pelos seus direitos de publicação, que envolvia pessoas do mercado inglês de quadrinhos, Neil Gaiman e Todd McFarlane. Toda a peleja chegou ao fim com os direitos do personagem sendo revertidos novamente ao seu criador, Mick Anglo. E fica bem claro que, depois de resolvida a briga na Justiça, a Marvel se adiantou a outras grandes editoras e pôde negociar a aquisição do personagem (até porque Mick Anglo se encontrava em dificuldades financeiras, fato que deve ter facilitado as negociações).

Quesada, com a inteligente compra, inclusive anunciou o "novo" nome do personagem, como já dito acima: Marvelman. Joe Quesada também disse que está em contato com as três principais mentes criativas do personagem nos anos 80 - Alan Moore, Neil Gaiman e Mark Buckingham - e novidades sobre o "sósia" do Capitão Marvel aparecerão em breve.

Agora você se pergunta: quem raios é Miracleman? Bem, Miracleman (ou Marvelman) é uma das melhores e mais desconhecidas obras de Alan Moore nos quadrinhos (e de Neil Gaiman também). O personagem foi criado como um "copycat" de Shazam/Capitão Marvel, nos anos 50, e foi completamente reformulado por Moore nos anos 80. A passagem de Alan Moore por Miracleman é posterior a passagens em Watchmen e Monstro do Pântano, e o barbudão pegou o conceito original do personagem (super-força, super-inteligência, etc.) e o utilizou numa ótica nunca dantes imaginada: e se o super-herói mais poderoso do mundo se tornasse um ditador/deus? Esse é o mote inicial para outros inúmeros acontecimentos na série, que revisam e desconstroem o mito do super-herói (tal qual o britânico fez com maestria ímpar em Watchmen). Ao sair da série, Moore passou o bastão para um jovem e ainda desconhecido autor inglês chamado Neil Gaiman, que também cravou seu nome na história das HQs.

A esperança dos fãs agora, claro, é que a obra dos anos 80 seja republicada com o devido carinho e atenção que o personagem merece; com essa bela aquisição, a Marvel faz um movimento importantíssimo para diminuir a diferença de vendagem que existe para a DC Comics, quando falamos sobre republicações e grandes encadernados. De quebra, muita gente ainda poderá conhecer este trabalho marcante de dois dos maiores autores de HQs da história. É esperar e economizar uma grana, galere!

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